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Mão de criança e tronco de árvore

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Dos mundos (in)visíveis à caminhos (in)visíveis

Por Ana Caroline Mayrhofer



O projeto "Caminhos Invisíveis" se entrelaçou ao projeto anual "Mundos Invisíveis", despertando a curiosidade das crianças para o mundo que não se vê, mas se percebe. No ateliê, observaram as transformações dos girinos e o efêmero da natureza, enquanto no quintal, investigaram os caminhos da terra, das folhas e das pequenas criaturas. Essa sincronia entre o macro e o micro criou um ambiente rico em descobertas, no qual as crianças puderam explorar os "mundos invisíveis" em sua plenitude.

A vivência do grupo do Infantil V despertou a curiosidade sobre as diversas formas de caminhos existentes, da natureza ao corpo humano. As crianças se questionaram sobre os caminhos invisíveis da natureza: "Como os animais fazem caminho debaixo da terra? Como é um formigueiro? Como a borboleta faz o seu caminho no ar? As folhas têm caminhos? E as raízes?". Para aprofundar a pesquisa, o grupo se dedicou a registrar suas descobertas e elaborar novas perguntas.



No início, as crianças exploraram o quintal e observaram os caminhos da natureza, construindo teorias e compartilhando suas percepções. "Será que as raízes vão para um lugar só?", indagou Ana Clara. "O caminho que a borboleta faz é invisível, a gente não vê. Mas ela faz", observou Luna. "As formigas abandonaram esse formigueiro pra fazer outro. Sabia que às vezes começa em cima da terra e vai pra baixo dela?", afirmou Ítalo.

A partir dessas observações, o grupo se aventurou a explorar os caminhos da escola e do quintal com seus próprios corpos, buscando novas perspectivas e compreendendo como representar esses caminhos em diferentes escalas, utilizando o robô "Aperta e Roda" e desenhos com o auxílio da atelierista Silvia. O olhar para a tecnologia fazia com que as crianças se aproximassem ainda mais dos mistérios e das perguntas sobre como se movimentar no espaço. Quais eram os espaços que habitavam e como davam sentido para as coisas que percebiam com seus olhares.



No segundo semestre, com o grupo mais familiarizado com a rotina e os colegas, o projeto se aprofundou na programação e robótica, desafiando as crianças a pensar em como programar o robô para percorrer diferentes caminhos e desvendar seus "caminhos invisíveis". Desenhos com perspectivas, representações em escala e reprodução de espaços do quintal no tabuleiro do robô foram alguns dos desafios enfrentados. Desse modo o projeto anual se entrelaçava ao projeto da turma, uma vez que o desafio de descobrir caminhos que não eram vistos nem pensados pelo robô incentivavam as crianças a criarem e imaginarem diversas possibilidades e hipóteses. Projetações, ideias, pensamentos divergentes. Tudo isso fez parte do contexto das crianças para que pudessem confrontar suas perspectivas. 

O projeto "Caminhos Invisíveis" se consolidou como uma jornada de descobertas sobre os diversos tipos de caminhos, dentro da realidade dos mundos (in)visíveis, da natureza ao mundo digital, e promoveu o desenvolvimento da observação, do pensamento científico, da criatividade e da cooperação entre as crianças.



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